A cirurgia robótica é minimamente invasiva (CMI), sendo assistida por robots manipuladores que podem melhorar bastante o desempenho dos cirurgiões. Os instrumentos médicos que entram no corpo humano por pequenos orifícios são controlados por ecrã através de dispositivos ópticos, potenciando a percepção e execução de tarefas cirúrgicas.
Os pontos de contacto geram forças baseadas nas características
dos objectos (tais como rigidez, impedância e fricção) que são enviadas ao cirurgião através de dispositivos ópticos. As sensações ópticas dão realismo às interacções de contacto, distinguindo não apenas objectos diferentes mas também transições entre estados de contacto. O processamento on-line da informação táctil permite aumentar ou reduzir as sensações de contacto sempre que necessário, sendo uma funcionalidade importante da CMI.
Introduzindo as restrições cinemáticas cirúrgicas no projecto de controlo, as técnicas de manipulação podem focar-se apenas no espaço da tarefa, aumentando a destreza do cirurgião.
A estabilidade de todo o sistema tem que ser garantida para situações críticas de contacto rígido (ex. tocar noutro instrumento médico ou num osso), exigindo técnicas de controlo avançadas. Presentemente, a CMI assistida por robots não inclui realimentação óptica para evitar problemas de instabilidade.
As vantagens da cirurgia robótica são várias, tais como:
.É minimamente invasiva (pequenas incisões na pele);
.O tempo de operação e de recuperação do paciente é mais rápido;
.Menor perda de sangue, diminuindo a necessidade de transfusões;
.Melhor visão dos órgãos - não há tanto sangue no campo visual e o aparelho oferece uma imagem em três dimensões de alta definição;
.Melhor conforto para o cirurgião e consequentemente menor cansaço;
.Mobilidade melhorada dentro do corpo humano;
.Inexistência do tremor da mão do cirurgião;
.Menos dor e trauma para o paciente;
.Maior facilidade de manuseamento dos instrumentos cirúrgicos;
.Os robots não têm fadiga ou tremor, e podem manipular instrumentos cirúrgicos muito menores e mais delicados, com maior precisão;
.Os robots podem ser guiados por equipamentos de imagens médicas não invasivas, como tomógrafos, permitindo a navegação e a localização espacial em alvos cirúrgicos complexos e inacessíveis (dentro do cérebro, por exemplo), com precisão inferior a um milímetro;
.Os robots podem efectuar tarefas que causam riscos ao cirurgião, como pacientes infectados;
.Os robots podem ser controlados a qualquer distância. De facto, as primeiras aplicações da robótica cirúrgica foram desenvolvidas pela NASA, com o objectivo de operar à distância um astronauta que esteja a caminho de Marte, por exemplo.
Projecto Sunergy:
Há 15 anos